quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Os cinco passos que levaram Dilma e o PT à beira do abismo

Diz São Tomás que a soberba é a origem de todos os pecados. Deixando de lado a religião e pensando na política, pode fazer sentido também. Às vezes, o mais poderoso político pode se dar mal justamente por acreditar demais em seus poderes.

Parece que esse é o caso de Dilma e de seu partido, o PT. Acostumados a um longo poder, a um Congresso submisso, a instituições que jamais tocaram em presidentes e governos, foram acumulando erros que agora cobram seu preço.
A votação no TCU, nesta quarta, pode ser o pretexto e a base legal que a oposição tanto queria para que seus pedidos de impeachment não pareçam mera gritaria de perdedores. Eis como o petismo forneceu essa munição ao outro lado.
1. Gastos excessivos
As tais pedaladas fiscais só foram necessárias porque o governo tinha um orçamento desequilibrado. A prática é comum. No caso do PT, os gastos aumentaram por vários motivos. Dois deles parecem especialmente importantes: os programas sociais e a falta de juízo.
2. Jeitinho
Quando se viu que o poço tinha fim, o governo decidiu, ao que tudo indica, maquiar as contas. Por dois motivos: um deles, para não dificultar no período de eleições o discurso de que tudo ia bem. Não ia. Segundo, para não ter de admitir em público que as promessas de manutenção de gastos sociais eram improváveis.
3. Descrença nas instituições
Falando francamente: quem é que um dia imaginou que o Tribunal de Contas fosse fazer qualquer coisa contra qualquer governo por qualquer motivo. O TCU, historicamente, existe por duas razões: dar uma aparência de seriedade para as contas públicas e servir de cabide de empregos. Principalmente para políticos amigos que querem um posto vitalício.
4. Congresso submisso
Mesmo que o TCU aprontasse alguma, o governo sempre deve ter pensado que no Congresso estava tudo dominado. Não era para menos. Os partidos, em geral, preferem o quentinho da proximidade com o poder. Foi assim com todos os governos, não seria diferente com o petismo.
5. Não combinaram com os russos
O discurso do PT no poder sempre foi o de que a oposição era um agrupamento de elite sem verdadeira base popular. O partido parece realmente crer nisso: quatro eleições presidenciais consecutivas ajudaram a criar a ilusão de que apenas uma minoria de descontentes estava contra o projeto do governo. E que essa minoria não era suficiente para fazer nada de verdade contra o PT.

Como se vê, mais um ledo engano.

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