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Postado por: C. Cassins F: Gazeta do povo. |

Está nas mãos do presidente da Câmara iniciar o
processo que pode levar ao impeachment da petista. Por outro lado, o PT e o
resto da base governista que ainda dialoga com o Planalto são decisivos para o
andamento da denúncia por quebra de decoro que pode desencadear a cassação do
mandato do peemedebista. O duelo de nervos chega a um desfecho nesta semana.
Ele [Eduardo Cunha] não tem
mais esse poder todo. A solução é ir para o plenário, brigar pelo máximo de
quórum e conseguir os 257 votos para impedir esse absurdo [a abertura do
processo de impeachment].
Ênio Verri (PT-PR), deputado.
Em acordo com os três principais partidos da oposição
(PSDB, DEM e PPS), Cunha sinaliza que vai arquivar na terça-feira (13) o pedido
de impeachment feito pelo advogado e ex-petista Hélio Bicudo e assinado
recentemente pelo ex-ministro da Justiça da gestão Fernando Henrique Cardoso
(PSDB), Miguel Reale Júnior. Dentre outros argumentos, a denúncia por crime de
responsabilidade cita as “pedaladas fiscais” (uso indevido de recursos de
bancos públicos para cobrir despesas de programas do governo), condenadas por
unanimidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
No mesmo dia, a bancada do PT tem reunião para
discutir a situação de Cunha, acuado pelas denúncias de que possui pelo menos
US$ 2,4 milhões em contas na Suíça. “Olha, nós estamos diante de tantos
problemas com as contas rejeitadas, a votação dos vetos e da aprovação do
pacote fiscal, que não dá para dizer que o Eduardo seja exatamente nossa
prioridade”, diz o deputado e presidente do PT no Paraná, Ênio Verri. Na
prática, porém, os petistas começam a fazer as contas de que pode ser melhor
encarar votações sobre o impeachment com Cunha desgastado no comando da Casa do
que deixar para depois.
“A
Câmara não é clínica de recuperação para investigado, não tem como segurar as
pontas de alguém com problemas éticos por muito tempo. Pela minha experiência
nessas duas últimas décadas por aqui, os dois [Cunha e Dilma] são cartas fora
do baralho, é uma questão de tempo”, avalia Hauly, que assim como Bueno também
votou pelo afastamento de Collor, em 1992. Até o momento, no entanto, a
oposição tem agido como refém de Cunha, já que se ele não cumprir a promessa de
rejeitar o pedido de Bicudo e Reale, o processo não começa.
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