

O placar da votação foi uma dupla vitória da oposição: além de tirar
Dilma temporariamente da Presidência, o número de votos sinaliza que há apoio
suficiente para a presidente sofrer o impeachment definitivo no julgamento do
Senado, que tem de ocorrer até novembro.
O PT, porém, não se deu por vencido e anunciou que fará uma
oposição “duríssima” ao presidente interino Michel Temer (PMDB). A aposta é que o peemedebista não conseguirá
tirar o país da crise e que, no julgamento final, alguns senadores mudarão de
lado. Em outra frente de combate, os petistas continuarão a recorrer ao Supremo
Tribunal Federal (STF) para anular o impeachment – tática que até agora não
surtiu efeito.
A oposição conseguiu obter esse número mágico. Mas ainda não tem folga
para tratar o impeachment como uma guerra vencida. Michel Temer sabe que
precisa sinalizar rapidamente que é capaz de adotar medidas que promovam a
retomada do crescimento. Por isso, já prepara um pacote de medidas para serem
tomadas em no máximo dois meses. A pressa busca evitar a continuidade da crise,
o que colocaria Temer em risco.
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