terça-feira, 19 de abril de 2016

Honestidade, não há julgamento ou processo criminal, mas sim crime de responsabilidade fiscal.

Fala-se muito sobre a honestidade da presidente, não é, contudo, a honestidade de Dilma que está em julgamento. O impeachment, da forma como estabelecido nas democracias no continente americano, não é um processo criminal. Trata-se de um juízo político, uma medida extrema em que o Parlamento é autorizado a tirar um governante do poder se concluir que foi cometido “crime de responsabilidade”.

Cunha é réu no STF, acusado de ter se beneficiado do esquema escabroso que desviou bilhões da Petrobras. Mentiu a respeito de suas contas na Suíça. A única explicação para ele continuar na Presidência da Câmara são as manobras matreiras que tem promovido ao longo de meses no Conselho de Ética, para evitar a cassação de seu mandato. 

Renan, que presidirá doravante o julgamento no Senado, é objeto de nove inquéritos no STF. Ao contrário de Cunha, ele parece ter sido estranhamente poupado até agora nas investigações originárias da Lava Jato. Mas ontem mesmo voltou a ser citado pelo delator Nestor Cerveró, como beneficiário de propinas relativas a uma sonda contratada pela Petrobras com a empreiteira Samsung. Cerveró disse que Renan recebeu US$ 6 milhões apenas por esse contrato, por intermédio do lobista Jorge Luz.


Temer foi citado como beneficiário de um esquema de compra ilegal de etanol na delação premiada do senador Delcídio Amaral. É atribuída ao vice a indicação de dois diretores da BR Distribuidora, João Augusto Henriques e Jorge Zelada, ambos presos na Lava Jato. Em mensagem de celular, o empreiteiro Léo Pinheiro afirma a Cunha ter pagado US$ 5 milhões a Temer. O delator Júlio Camargo também envolveu o nome dele no petrolão. Quem sair por ultimo apague a luz.

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