
Ele disse que não houve conversa sobre cargos num eventual governo
Temer, mas se disse disposto a "aconselhar" o vice e destacou que ele
tem uma visão "correta" da economia.
"Certamente,
como sempre estou disposto a aconselhar, dar minha opinião. Pelas perguntas que
ele fez, está com visão correta e adequada. O que é muito positivo",
afirmou.
Perguntado
se estaria disposto a assumir o Ministério da Fazenda, caso o impeachment da
presidente Dilma Russeff seja aprovado, o ex-presidente do BC frisou que não
fala sobre "hipóteses".
"Eu
não trabalho sobre hipóteses, trabalho sobre coisas concretas. Não tratamos
sobre esse tipo de coisa", afirmou.
Segundo
Meirelles, Temer está "interessado num diagnóstico da economia
brasileira". "Como ele tem conversado com outros administradores e economistas,
dei a ele minha visão. O que acontecerá, o que devia ser feito, o que pode ser
feito. Ele não se manifestou sobre esses diversos assuntos, porque está
aguardando o pronunciamento do Senado. E a partir daí, aí sim, acredito que irá
se manifestar", disse.
O
ex-presidente do Banco Central também opinou sobre as medidas emergenciais para
debelar a crise econômica do país. Para ele, a prioridade deve ser demonstrar,
de forma clara, a intenção do país em reduzir a dívida pública.
"Adotar
medidas que sinalizem que a trajetória de crescimento da dívida pública vai ser
revertida e, a partir daí, com aumento da confiança, os investimentos possam
aumentar", afirmou.
"Os
mercados tenderão a reagir a medidas concretas, medidas que sinalizem a
sustentabilidade do Estado brasileiro a longo prazo, e a uma séria de medidas
pró-investimento, dentro de experiências que o Brasil teve e já tem e de
experiências de outros países", completou.
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