sábado, 2 de abril de 2016

Em 15 dias, presidente fez 5 atos oficiais para se defender do afastamento

Na sexta-feira, com o principal auditório do Palácio lotado, Dilma fez a terceira cerimônia consecutiva esta semana, todas defendendo seu mandato. Ela assinou atos de desapropriação de terras para a reforma agrária e povos quilombolas, além de decretos para ações contra o racismo. No discurso, disse que o país tem a democracia ameaçada e afirmou que “eles”, ao se referir a seus opositores, são violentos, ao contrário dos simpatizantes do governo.

A presidente da República, Dilma Rousseff, transformou o Palácio do Planalto em uma trincheira na sua luta contra o impeachment. Desde a posse frustrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil — impedida por liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal —, o Palácio passou a receber juristas, artistas e integrantes de movimentos sociais para eventos em que Dilma combate o que considera a gestação de um golpe. Em pouco mais de 15 dias, cinco atos, todos em um ambiente sem nenhum risco de hostilidade, abrigaram ataques ao Judiciário e ao Legislativo, comparações do momento político atual com o período que antecedeu a ditadura de 1964 e convocações à resistência contra a aprovação do impedimento pelo Congresso.

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