sexta-feira, 19 de maio de 2017

Brasil um barco a deriva

O que é a legalidade no país, no momento em busca de reformas, quando pegam até o presidente comprando o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha ao aconselhar que o pixuleco deveria ser mantido ao dono da JBS? O pessoal da Fiep, que esteve dias atrás com Temer trocando vantagens fiscais por apoio às reformas trabalhista e previdenciária, sugere a renúncia que pegaria bem num legalista e constitucionalista.
Dessa feita, a cobertura policial, firme nos flagrantes e filmagem e gravações dos delitos, pega o paranaense Rocha Loures a receber mala de R$ 500 mil e de cambulhada uma gravação do senador Aécio Neves pedindo R$ 2 milhões ao Joesley Batis

Salva-se alguém? Pode ser, mas está difícil porque esse é o ecossistema dessa gente, é sua forma de nele sobreviver, parasitismo generalizado. Da mesma forma que o escorpião mata o animal que o salva, levando-o até o outro lado do rio porque essa é a sua natureza, assim também age, como sempre agiu, a classe política que se escora agora no argumento final de que essa é a forma de sobrevida possível. E da mesma forma que os acusados repetem o mantra de que não podem ser despojados da presunção de inocência, coloca-se o problema filosófico de como será possível fazer política sem os políticos. 


A cloaca máxima vasa. E sugere ativismo com a farsa das reformas, ora numa encruzilhada cheia de despachos numa sórdida troca de interesses. Que tal um novo dilúvio, agora de água benta, para a remissão dos nossos pecados? 
Luiz Geraldo Mazza.

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