segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

3 a 0 ou 2 a 1: placar do julgamento de Lula muda tudo na eleição. Entenda por quê

Placar do julgamento no TRF4 tem um peso fundamental para o futuro político de Lula. Se for condenado pelos três desembargadores que vão julgá-lo, terá dificuldade para ser candidato. Caso perca por 2 a 1, crescem suas chances de concorrer. Mas só se for absolvido sua candidatura estará assegurada
Quem costuma acompanhar os campeonatos de futebol sabe como é importante o gol marcado fora de casa nas disputas do tipo mata-mata. É um critério de desempate. Na prática, vale mais que o gol feito pelo time mandante dentro de seu estádio.

Um gol – um único gol – é exatamente o que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá buscar fora de casa, nos tapetes do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre, na próxima quarta-feira (24), durante julgamento do recurso contra sua condenação no caso do tríplex pelo juiz da Lava Jato na primeira instância, Sergio Moro. A aposta de Lula é que, mesmo perdendo por 2 a 1, ele conseguirá reverter a derrota em seu próprio campo (as eleições) e com apoio da torcida (seus milhões de eleitores).
A importância do placar
O placar do julgamento no TRF4 será fundamental para o futuro de Lula. Dependendo do escore, o petista pode ir do céu ao inferno. Ou ficar no purgatório. Pela Lei da Ficha Limpa, condenados em segunda instância (como o tribunal de Porto Alegre) não podem participar de eleições. E, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), também já podem ser presos.

A 8.ª Turma do tribunal, que irá julgar o ex-presidente, é composta por três desembargadores: João Pedro Gebran Neto (o relator do caso), Leandro Paulsen (revisor) e Victor Laus. Há quatro resultados possíveis: condenação de Lula por 3 a 0 ou 2 a 1; e absolvição também por 3 a 0 ou 2 a 1.

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