
Quem costuma acompanhar os
campeonatos de futebol sabe como é importante o gol marcado fora de casa nas
disputas do tipo mata-mata. É um critério de desempate. Na prática, vale mais
que o gol feito pelo time mandante dentro de seu estádio.
Um gol – um único gol – é
exatamente o que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá buscar fora
de casa, nos tapetes do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em
Porto Alegre, na próxima quarta-feira (24), durante julgamento do recurso contra
sua condenação no caso do tríplex pelo juiz da Lava Jato na primeira
instância, Sergio Moro. A aposta de Lula é que, mesmo perdendo por 2
a 1, ele conseguirá reverter a derrota em seu próprio campo (as eleições) e com
apoio da torcida (seus milhões de eleitores).
A importância do placar
O placar do julgamento no TRF4
será fundamental para o futuro de Lula. Dependendo do escore, o petista pode ir
do céu ao inferno. Ou ficar no purgatório. Pela Lei da Ficha Limpa, condenados
em segunda instância (como o tribunal de Porto Alegre) não podem participar de
eleições. E, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF),
também já podem ser presos.
A 8.ª Turma do tribunal, que irá
julgar o ex-presidente, é composta por três desembargadores: João Pedro Gebran
Neto (o relator do caso), Leandro Paulsen (revisor) e Victor Laus. Há quatro
resultados possíveis: condenação de Lula por 3 a 0 ou 2 a 1; e absolvição
também por 3 a 0 ou 2 a 1.
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