Interlocutores do Palácio do Planalto informaram na noite desta
segunda-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará a Brasília,
nesta terça ou quarta-feira, para discutir com a presidente Dilma Rousseff a
melhor forma de assumir uma pasta do chamado núcleo duro do governo: a Casa
Civil, ocupada por Jaques Wagner, ou o ministério da Secretaria de Governo,
comandada por Ricardo Berzoini. A decisão de Lula de avançar na discussão sobre
sua participação direta no governo, ganhando foro privilegiado, acontece no mesmo dia
em que a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira mandou o processo de
Lula para o juiz Sérgio Moro, na Operação Lava-Jato. Lula vai
apresentar condicionantes para entrar no governo. Uma delas é a mudança da
política econômica. A condição não passa por troca do ministro da Fazenda,
Nelson Barbosa, mas por uma política mais frouxa de ajuste e que seria
"mais focada na retomada do crescimento".
O mais provável é que Lula deve aceitar comandar a Secretaria de
Governo, onde assumiria a articulação anti-impeachment. Embora seja mais forte,
a Casa Civil tem atribuições mais burocráticas.
A bancada do PT na Câmara deve
fazer ainda um apelo para que Lula aceite assumir um ministério. A revelação
foi feita pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), que esteve com o ex-presidente
nesta segunda-feira para convidá-lo para se reunir com os parlamentares na
quarta-feira, em Brasília.
O
presidente nacional do PT, Rui Falcão, também defendeu que Lula assuma um
ministério.
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