terça-feira, 5 de novembro de 2019

Fato ou mera coincidência. O tempo dirá.


Voto de cabresto a origem da expressão vem do tempo em que o voto era aberto no Brasil. Assim, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar e ganhar votos dos eleitores. As regiões controladas politicamente pelos coronéis que manipulavam votos eram conhecidas como currais eleitorais.

O candidato que compra voto é corrupto. Se ele faz isso antes de ocupar um cargo público, ou depois pode fazer coisas piores depois de ganhar a eleição. Toda eleição é a mesma coisa: muitos presentes e agrados, que na verdade servem para esconder a incompetência e a falta de propostas sérias. Não adianta doar material escolar, alimentos e brinquedos se, depois de eleito, o político não trabalha para que todos tenham acesso a saúde, educação e emprego.

Do final da república dos coronéis até os dias de hoje, muita coisa mudou. Hoje o voto não é mais aberto, não há mais como saber em quem o eleitor votou, então é possível escolher de forma livre e direta o candidato preferido.

Porém, na prática, podemos identificar situações que nos remetem a um voto de cabresto moderno, mesmo com tantos avanços e conquistas.
O fenômeno ocorre com maior frequência em cidades do interior brasileiro, onde a principal fonte de renda é a prefeitura como em nossa cidade. As pessoas podem se ver obrigadas a votar em determinado candidato, talvez não mais pela coerção física, mas sim pela força psicológica, o medo.

O medo de se verem sem o emprego e, consequentemente, sem renda paralisa as pessoas que preferem votar em quem lhes é imposto do que enfrentar o poder em prol de seus ideais.

Outros, por sua vez, diante da realidade de miséria em que vivem, “optam” por aquele candidato que possa suprir suas necessidades básicas em um curto prazo, por exemplo: entrega de cestas básicas, cestas de natal, pagamento de despesas com água e luz, compra de material de construção, promessa de emprego, entre outros. Tudo isso se configura como um voto de cabresto moderno.

Final de ano chegando eleições se aproximando aí surge o candidato bonzinho preocupado com o povo, aquele que durante três anos nada ofereceu a seu povo e como num passe de mágica se transforma e aparece como o salvador da pátria e porque não agiu assim nos outros anos, porque só agora.

Pessoas mentirosas e dissimuladas até conseguem enganar as outras, mas com o tempo elas se enrolam nas próprias mentiras e a máscara cai.

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